sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Arquidiocese ouve especialista e reforça cuidados com a pandemia

Diante da crise provocada pelo novo coronavírus, que persiste em todo o mundo, a Arquidiocese pediu orientações ao infectologista Sidnei Alves dos Santos Júnior sobre os cuidados sanitários necessários durante as celebrações litúrgicas, prevenindo a contaminação e preservando a saúde das pessoas. Sidnei é médico infectologista do Hospital Divina Providência e mestre em Medicina (Ciências Médicas).

“Recordar algumas orientações é uma forma de reforçar e ampliar a proteção de todos aqueles que participam das celebrações litúrgicas. Na medida em que não existe tratamento disponível para a COVID-19, a melhor forma de lidar com o vírus ainda é por meio da prevenção”, destaca ele.

“As vacinas certamente terão um papel central nessa estratégia. Contudo, se levarmos em conta o contingente de pessoas a serem vacinadas e a capacidade de produzir, distribuir e aplicar a vacina, levará ainda algum tempo para que essa medida tenha um impacto significativo na população”, esclarece o especialista.

“A missa é uma ocasião em que muitas pessoas ocupam o mesmo local e na qual temos a presença de um número significativo de pessoas de grupos de risco. Além da possibilidade de transmissão entre os fiéis, se tivermos, por exemplo, um sacerdote ou ministro da eucaristia infectado, há uma chance considerável de transmissão dele para várias pessoas. A adoção de medidas preventivas como distanciamento, uso de máscara e álcool em gel, ainda é a principal arma para a prevenção. Vale destacar que foram esses cuidados que nos trouxeram até aqui, que não permitiram a ocorrência de surtos nas nossas igrejas e que possibilitaram sua reabertura. Não é o momento de baixarmos a guarda”, destaca o médico.

Abaixo, algumas medidas preventivas indicadas pelo especialista:

1) Higienização das mãos por toda a equipe litúrgica, presbítero(s) e diácono(s) antes de iniciar a celebração litúrgica;

2) Uso de máscara pelo sacerdote e pela equipe litúrgica ao longo da celebração;

3) Higienização das mãos antes de começar a distribuição da eucaristia pelas pessoas que o farão;

4) Observar distanciamento de 2 metros entre as pessoas. Nunca ficar a menos de 1 metro;

5) Manter cálice/cibório tampado sobre o corporal;

6) Quando se busca o cibório no sacrário, mantê-lo com a tampa até o momento de iniciar a distribuição do Corpo do Senhor;

7) Manter o cálice coberto com a pala e a patena com o sanguíneo ou uma pala o maior tempo possível;

8) Higienização dos assentos antes e depois das celebrações;
9) Reduzir a equipe litúrgica ao menor número possível de pessoas;

10) Evitar a presença/participação de pessoas de grupos de risco nas equipes de liturgia;

11) Recomenda-se usar a máscara para as leituras ou mesmo para cantar;

12) Garantir higienização de objetos de uso comum, como microfones, púlpito, ambão etc.;

13) Oferecer álcool em gel para todos que entram e saem do templo;

14) Solicitar o uso adequado de máscara ao longo da celebração;

15) A Hóstia grande seja consumida pelo presidente da celebração;

16) Para a distribuição do Corpo do Senhor, observe-se entre os fiéis a distância recomendada pelas autoridades sanitárias. Sendo viável, o presidente da celebração e demais ministros vão até onde as pessoas se encontram para distribuir o Corpo do Senhor.

Fonte! Esta é uma publicação que buscamos no sítio oficial da Arquidiocese de Porto Alegre (RS): https://www.arquipoa.com/noticias/arquidiocese-ouve-especialista-e-reforca-cuidados-com-a-pandemia?fbclid=IwAR18dB909Qvf9Ep2IGLZ3vkdnhOnpdBaAeBp8IJS27_v1naNT9icSovyYgw 

Esta é uma publicação da PASCOM - Pastoral da Comunicação da Paróquia Santa Hedviges de Alvorada (RS).

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

O único necessário

É bem conhecido um episódio da vida de São Luis Gonzaga em que perguntaram a um grupo de jovens, entre os quais estava o santo, o que fariam se o mundo estivesse por acabar naquele dia. Uns respondiam que iriam se confessar, outros que iriam ficar com suas famílias, outros, ainda, que rezariam mais. Ao chegar a vez de São Luis, ele piedosamente respondeu que continuaria o que estava fazendo. Esta resposta, além de inesperada, possui um aspecto curioso. Nem mesmo o fim do mundo redirecionaria sua atenção a algo mais importante? Com isso, somos levados a entender a sua vida: ele já estava a fazer a coisa mais importante possível.

        De fato, esta é a característica que podemos dizer ser própria dos santos: a sabedoria de compreender o que é o mais importante, o que é o unum cecesarium - o único necessário (cf. LC 10, 42). O sábio é aquele que sabe o que vale a pena ser amado. O enólogo, por exemplo, é aquele que tem a ciência dos vinhos, que sabe escolher o que vale a pena ser adquirido. Sua sabedoria delimita-se às vinícolas. No entanto, os santos são aqueles que podemos chamar de sábios por natureza, pois eles sabem o que vale a pena ser amado acima de tudo: o próprio Deus. Mas isso é mais do que um conhecimento teórico. É uma Verdade que ilumina as suas vidas. Auxiliados pela graça divida, eles enxergaram que só uma era a finalidade para a qual foram criados, vira que só existiam para uma coisa: unir-se a Jesus pela caridade. 

        O exemplo de São Luis nos faz entender que a santidade não está tanto na obra, mas no Amor com que ela é realizada. O padre Jean-Pierre de Caussade, sacerdote francês do século XVII, explica-nos que "a santidade reduz-se toda a uma só coisa - a fidelidade à vontade de Deus". Ser fiel a ela e amá-la acima de tudo. Mas como se dá isso? O que significa, na prática, ser fiel à vontade de Deus?

        São duas as formas: uma mais ativa e outra mais passiva. Claro, em todo o tempo. é uma constante união da nossa vontade à bondosa graça de Deus. Explica ainda o padre que a prática ativa da fidelidade consiste no cumprimento de nossas obrigações - quer no seguimento dos mandamentos, quer nas nossas obrigações de estado (ora, não é conveniente a uma mãe de família querer viver como um monja carmelita. Isso, no entanto, não quer dizer que mesmo a mãe de família não deve encontrar momentos no seu dia para a oração e que nos seus deveres de estado não pode unir seu coração ao coração de Jesus e amá-lo na realização de suas obrigações mas antes o contrário). O exercício passivo consiste na aceitação amorosa de tudo o que Deus nos envia a cada instante. As contrariedades de nosso dia são caminho para a maior união com Jesus. Desta forma, vamos abandonando-nos à providência divina.

        Seguindo, portanto, o exemplo dos santos, buscando diariamente a meditação das Sagradas Escrituras, a recitação do santo terço, a frequência nos sacramentos e buscando a santificação de nossa vida ordinária, iremos, como diz Santa Teresinha do Menino Jesus, "dar passos de gigante", crescendo assim cada vez mais no amor ao Bom Deus.

        Fonte! Meditação do Seminarista do 3º Ano do Discipulado Marcelo Payeras, de janeiro de 2021, do Seminário Maior de Viamão (campanha amigos do Seminário).       

        Créditos da arte! https://www.vaticanus.com.br

        Esta é uma publicação da PASCOM - Pastoral da Comunicação da Paróquia Santa Hedviges, de Alvorada (RS).