quarta-feira, 2 de novembro de 2022

2 de novembro! dia de finados!

 

Créditos! https://radiojornal.ne10.uol.com.br/noticia/2021/10/27/dia-de-finados-confira-frases-e-textos-para-homenagear-entes-queridos-e-mensagens-de-conforto-218391/index.html


A lembrança e homenagem aos mortos é uma característica do ser humano desde antes de nos constituirmos em sociedades ou civilizações - desde os tempos das cavernas. São, afinal de contas, nossos amigos, conhecidos - mas, principal e particularmente, nossos familiares. Sangue do nosso sangue. Nossos parentes, mesmo aqueles mais distantes.

 

A Igreja desde o século VII, pelo menos, lembra dos mortos, em espírito de oração, pela paz das almas daqueles que já partiram, especialmente pelas almas do Purgatório. Há registros, porém, nas catacumbas, de oração pelos mortos, pela paz de suas almas. Pode-se perceber, portanto, que a oração pelos falecidos é uma prática comum na Igreja, desde os seus primórdios.

 

Perder alguém nunca é fácil, sobretudo alguém próximo. Lembramo-nos da história e dos feitos daquela pessoa, das boas recordações e do tempo que passamos junto com ela. As memórias e uma série de imagens que temos daquela pessoa ficam registradas em nós, e em seguida as lágrimas vêm logo, independente do tempo que tenha passado. Queremos a pessoa ali, conosco, junto. E a saudade bate.

 

Nosso interior permanece abalado, e nosso coração dói.

 

Mas não precisamos entrar em desespero. Podemos confiar na misericórdia infinita de Deus, e é isso o que a Igreja nos ensina a fazer: rezamos pela pessoa falecida, pelo descanso eterno de sua alma. Deus, afinal, possui meios de salvação que nem mesmo nós conhecemos, e costuma agir de formas que nós duvidamos e sequer imaginamos. Podemos e devemos crer na misericórdia dEle, crentes de que a pessoa está junto de Deus.

 

Crermos no descanso eterno da Alma daquela pessoa quer dizer que nós esperamos que ela tenha conseguido se arrepender de seus pecados no momento de sua morte, para aí alcançar a Deus. Nesse momento, a alma da pessoa se encontra com Deus, e Ele a contempla. 

 

A Igreja se lembra dos fiéis defuntos no dia 2 de novembro há séculos, mas isso não quer dizer que devemos nos lembrar deles só uma vez ao ano. É costume rezarmos Missas pela pessoa no dia em que ela faleceu, no dia seguinte e no sétimo dia, primeiro ano, ou no dia do falecimento. Essa é uma prática que Deus louva e que, mesmo que não percebamos, é extremamente benéfica para a alma da pessoa falecida - afinal, ela muito provavelmente pode estar no Purgatório, e quer logo estar junto de Deus, assim como Deus quer que ela esteja ao lado dele, na Visão Beatífica.

 

Por isso, quanto mais rezamos pela pessoa, logo mais perto de Deus ela pode estar! Quanto mais mortificações oferecermos pela alma da pessoa, mais perto de Deus ela pode estar! Quanto mais rezamos pela alma daquela(s) pessoa(s), mais elas ficarão agradecidas pelas nossas orações. É isso o que podemos fazer por elas daqui.

 

Aqueles que partiram para a Casa do Pai não "desapareceram" da existência: seus corações podem ter parado de bater aqui, mas certamente continuam batendo por nós de junto de Deus, no Céu ou no Purgatório. Eles podem interceder por nós, e o fazem, mesmo que nós não saibamos.

 

É uma prática amorosa nossa rezar pelas almas do Purgatório, em especial pelas almas das pessoas que conhecemos, ou de nossos familiares. Podemos pedir para que a alma da pessoa esteja em paz, junto a Deus, e podemos  pedir que Deus a console, assim como a existência daquela(s) pessoa(s) nos marcou, enquanto estava(m) em vida.

 

É essa esperança cristã a oportunidade que Deus nos oferece de aliviarmos as penas daquela alma, no Purgatório, a fim de que a Visão Beatífica de Deus - que é, nada mais, nada menos, que o próprio Paraíso - contemple a alma daquela pessoa.

 

E nós também podemos interceder por eles. É por essa razão que a Igreja estabelece, às almas dos já falecidos, indulgências (perdão dos pecados) que podemos alcançar, através da nossa visita ao túmulo do((a)s) falecido((a)s), e de um Creio e de um Pai Nosso, rezados pelas intenções do Papa, além de uma confissão - se necessário - e comunhão, entre o período de 1 a 8 de novembro.

Os mortos podem não estar fisicamente presentes, mas estão junto de Deus, no Céu. E eles nos veem, rezam por nós e querem que estejamos junto com eles. Por isso, rezemos pelas almas dos nossos entes falecidos, queridos. Se Deus as contempla, por que nós também não podemos contemplá-las com um presente tão bom e amoroso, que são as orações por essa(s) pessoa(s)?

Fonte! Esta é uma publicação da PASCOM - Pastoral da Comunicação da Paróquia Santa Hedviges - Alvorada / RS, por Bruno Schroeder dos Santos.

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