O Advento é o tempo de preparação para celebrar o Natal e começa quatro domingos antes desta festa. Além disso, marca o início do novo Ano Litúrgico católico. Advento vem do latim “ad-venio”, que quer dizer “vir, chegar”. Começa com o domingo mais próximo da festa de Santo André (30 de novembro) e dura quatro semanas. O Advento, este ano, começa no domingo 29 de novembro, e se prolonga até a tarde do dia 24 de dezembro, em que começa propriamente o Tempo de Natal.
Podemos distinguir dois períodos. No primeiro deles, que se estende desde o primeiro domingo do Advento até o dia 16 de dezembro, aparece com maior relevo o aspecto escatológico e nos é orientado à espera da vinda gloriosa de Cristo. As leituras da Missa convidam a viver a esperança na vinda do Senhor em todos os seus aspectos: sua vinda ao fim dos tempos, sua vinda agora, cada dia, e sua vinda há dois mil anos.
No segundo período, que abarca desde 17 até 24 de dezembro, inclusive, se orienta mais diretamente à preparação do Natal. Somos convidados a viver com mais alegria, porque estamos próximos do cumprimento do que Deus prometera. Os evangelhos destes dias nos preparam diretamente para o nascimento de Jesus. Com a intenção de fazer sensível esta dupla preparação de espera, a liturgia suprime durante o Advento uma série de elementos festivos. Desta forma, na Missa já não rezamos o Glória. Se reduz a música com instrumentos, os enfeites festivos, as vestes são de cor roxa, o decorado da Igreja é mais sóbrio, etc. Todas estas coisas são uma maneira de expressar tangivelmente que, enquanto dura nosso peregrinar, nos falta alo para que nosso gozo seja completo. E quem espera, é porque lhe falta algo. Quando o Senhor se fizer presente no meio do seu povo, haverá chegado a Igreja à sua festa completa, significada pela Solenidade do Natal.
Nos templos e casas são colocadas as coras do Advento e se acende uma vela a cada domingo. Do mesmo modo, os paramentos do sacerdote e as toalhas do altar são roxos, como símbolo de preparação e penitência. A exceção é o terceiro domingo, o Domingo Gaudete (da alegria), no qual pode se usar a cor rósea.
A fim de fazer sensível esta dupla preparação de espera, durante o Advento, a Liturgia suprime alguns elementos festivos. Na Missa, não é proclamado o hino do Glória.
O objetivo desses simbolismos é expressar de maneira tangível que, enquanto dura a peregrinação do homem, falta-lhe algo para seu gozo completo. Quando o Senhor se fizer presente no meio do seu povo, a Igreja terá chegado à sua festa completa, representada pela Solenidade do Natal.
Muitos católicos sabem do Advento, mas talvez as preocupações no trabalho, as provas na escola, os ensaios com o coral ou teatro de Natal, a arrumação do presépio e a compra dos presentes fazem com que se esqueçam do verdadeiro sentido deste tempo. Por isso, é preciso recordar que a principal preparação neste período deve ser interior, na espera da vinda de Jesus.
No tempo do Advento, faz-se um apelo aos cristãos, a fim de que vivam de maneira mais profunda algumas práticas específicas, como: a vigilância na fé, na oração, na busca de reconhecer o Cristo que vem nos acontecimentos e nos irmãos; a conversão, procurando consertar os próprios caminhos e andar nos caminhos do Senhor, para seguir Jesus em direção Reino do Pai; o testemunho da alegria que Jesus traz, através de uma caridade paciente e carinhosa para com os outros; a pobreza interior, de um coração disponível para Deus, como Maria, José, João Batista, Zacarias, Isabel; a alegria, na feliz expectativa do Cristo que vem e na invencível certeza de que Ele não falhará.
Fonte: ACI Digital
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