Esse é o tema da Semana Nacional da Família proposta
pela Comissão Nacional da Pastoral Familiar. Esse ano, a inspiração para
celebrar a Semana da Família vem da exortação apostólica do Papa Francisco Amoris
Laetitia (que significa “a alegria do amor”). Essa exortação pós sinodal
(ou seja, feita a partir da reflexão dos Bispos representantes do mundo inteiro
com o Papa e muitos leigos sobre a bela vocação e missão da família na Igreja e
no mundo nos dias de hoje) completou cinco anos e por isso o sucessor de Pedro
convocou a Igreja a viver um ano especial: o “Ano Família Amoris Laetitia”, que
começou no dia de São José, 19 de março e vai até junho de 2022, no Encontro
Mundial das Famílias, em Roma.
Talvez a primeira pergunta que surge é: por que
celebrar uma semana da família? Por inúmeras razões, certamente, mas uma pode
nos motivar: para relembrar a importância da família cristã para o mundo! A
família católica não é constituída apenas por pessoas que se amam e se querem
bem (supõe o amor, é claro), mas é mais: a família tem a missão de fazer o
divino penetrar no mundo, santificando o mundo... o Evangelho da família é
alegria que enche o coração e a vida inteira. A família é como uma pequena Igreja e por isso
é missionária, pois Jesus deu a Igreja a missão de continuar o que Ele começou!
A missão da família é tão grande e importante que ela é também a Igreja onde
está: se em algum lugar não há uma capela ou uma igreja, a Igreja está lá
também quando há uma família católica. Uma família católica é santificada pela
Igreja e a santifica também. Viver isso tudo é viver a alegria do amor na
família!
Recentemente, em um vídeo o Papa Francisco disse que o
matrimônio é dom precioso, imagem do amor de Deus por nós: isso não significa
que o amor entre os cônjuges tem que ser perfeito. Ninguém é, mas o amor entre
os cônjuges é um processo dinâmico que continua e melhora ao longo da vida
inteira. Por isso o matrimônio requer fidelidade: o amor é para sempre! Quando
o mundo vê uma família muito normal e muito católica, de alguma forma, vê Deus.
A Semana da Família é celebrada sempre em um contexto
vocacional: acontece na segunda semana de agosto, mês das vocações (esse ano,
de 8 a 14). E é muito oportuno que seja assim, pois a vida familiar é uma
vocação muito bela e importante, que veio do coração de Jesus que elevou a
união natural entre homem e mulher à dignidade de Sacramento! Por isso, quando
um homem e uma mulher decidem se unir como uma família, precisam antes disso
ter decidido por viverem sua vocação à santidade (recebida no Batismo) de uma
maneira muito específica: como família!
O homem e a mulher, sozinhos, não são capazes de
construir algo “para sempre”! Pois essa é uma característica de Deus, é só Ele
é eterno. Por isso o Senhor instituiu o Sacramento do Matrimônio, para dar a
nós essa graça que é sua! Assim é o amor de Deus: Ele nos dá o que é seu pois
precisamos dele: deu ao homem a capacidade de perdoar pecados no Sacramento da
Confissão; deu o poder de transformar um pedaço de pão e um pouco de vinho no
seu Corpo e no seu Sangue; ao marido e mulher a graça do “para sempre” e ainda
mais: a graça de serem co-criadores na sua união de intimidade, pois esse
também é um poder divino, o de criar. Os casais têm à sua disposição a força
dos Sacramentos, também o do Matrimônio, todos os dias, sob seu teto! Celebre-se,
então, o Sacramento do Matrimônio todos os dias! Só um Deus que nos ama tanto
para dar poderes que são seus a nós, criaturas tão frágeis e limitadas. Carregamos
esse tesouro em vaso de barro, na fragilidade que nos é característica. Mas não
podemos nos deixar levar pelo medo, pois a vocação que o Senhor nos deu também
é sua e Ele sustenta aqueles que chama! E se Deus quer, nós podemos! Tenhamos
coragem de sonhar grande, sonhar os sonhos de Deus para nós, de viver essa
corajosa fidelidade para podermos viver o amor na família no mundo de hoje!
Vamos viver e celebrar bem essa semana da família? A
Paróquia preparou uma programação muito especial para ajudar. Vale a pena
conferir e participar! “Avancemos, famílias; continuemos a caminhar! Aquilo que
se nos promete é sempre mais. Não percamos a esperança por causa dos nossos
limites, mas também não renunciemos a procurar a plenitude de amor e comunhão
que nos foi prometida” (Papa Francisco, Amoris Laetitia, n. 325).
Fonte! Texto do Seminarista Marcus Ceratti.