Imagem ilustrativa (fonte: Canva) e créditos https://franciscanos.org.br
A
partir do dia 17 de fevereiro, durante quarenta dias, iremos celebrar o período
da Quaresma. É o período que antecede as festas pascais, com o intuito de
ajudar os cristãos a refletirem sobre a sua vocação batismal, ao mesmo tempo que
o seu compromisso evangelizador e missionário.
Nos
primeiros tempos do cristianismo a Quaresma era o período de preparação dos
catecúmenos, ou seja, dos que se preparavam para receber os sacramentos da
iniciação cristã (Batismo, Crisma e Eucaristia), que nesta época eram celebrados
na Vigília Pascal. Com o tempo, e o consequente crescimento do cristianismo,
deixou de ser um tempo somente aos catecúmenos, mas a todos os cristãos, de
modo que, durante este período, através de alguns gestos de piedade e
mortificação, havia uma retomada dos compromissos assumidos no batismo.
Com
isto, a Quaresma passou a ser assumida como um tempo de penitência, de maneira
a unir ainda mais os batizados a Cristo, que deu a vida por todos, redimindo o
ser humano do pecado. Durante este período, os cristãos são convidados a
unirem-se a Cristo através de três gestos concretos de penitência: jejum,
oração e caridade. Cada um destes gestos ajuda a libertar o ser humano das
grandes tentações de pecado que é ‘ter’, o ‘poder’ e o ‘prazer’. Desta forma, o
ser humano revela a sua liberdade em relação às coisas do mundo, para
dedicar-se plenamente às coisas de Deus.
Também
é em vista deste período de penitência que o cristão se reserva de festas não
essenciais; procura abster-se de algo como propósito de autocontrole e partilha
com os pobres; organiza os encontros em família, participa da oração da Via
Sacra em comunidade, e prepara os mistérios revelados na Páscoa.
Ao
praticar estes gestos, o cristão dá testemunho de sua participação na morte e
ressurreição do Senhor e, assim, assume o seu compromisso missionário, de
anunciar a todos o amor de Deus que foi capaz de entregar se próprio Filho por
nós.
No
Brasil, além dos propósitos pessoais de viver a quaresma, a Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), propõe uma reflexão comunitária, ou seja,
que envolva todos os católicos brasileiros, a fim de ajuda-los a compreender
que a conversão pessoal tem uma convergência também social. Deste modo, por
seus gestos e atos penitenciais, acaba levando a ter um olhar mais amoroso e
fraterno com os irmãos que sobre com o abandono e a marginalização. Neste ano,
a Campanha da Fraternidade, como é chamada, tem como tema: “Fraternidade e
Diálogo: compromisso de amor”, com o objetivo de refletir sobre a triste
realidade da intolerância em todos os níveis da sociedade.
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