terça-feira, 23 de junho de 2020

SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO: ALICERCES DA IGREJA CATÓLICA




Solenidade de São Pedro e São Paulo
        A solenidade que celebramos neste domingo, dia 28 de junho (domingo mais próximo do 29 de junho) é a de SÃO PEDRO e SÃO PAULO. É uma solenidade de extrema importância para a Igreja, visto que ambos os apóstolos são como que os principais alicerces da fé católica: um porque proclamou a fé em Cristo e por isso foi chamado para ser princípio de unidade da Igreja, primeiro papa; o outro porque, sendo um perseguidor de cristãos, acolheu o chamado de Cristo para ser o ‘apóstolo dos gentios’ (dos não judeus), de forma a levar a todo o mundo o evangelho de Cristo.

A Pedro foram dadas as chaves dos Reinos do Céu (cfe. Mt 16, 19). Na verdade o nome do apóstolo era Simão, mas para representar a fundação da Igreja, Cristo lhe dá o nome de Pedro, ou seja, ‘a pedra’. Na sua profissão de fé (“Tu és o Messias de Deus”) proclama a fé da Igreja inteira. Em vista disso, é o princípio de unidade da fé e da comunhão da Igreja, dando sentido ao termo ‘Católica’, ou seja, dirigida a todo o mundo. É por isso que, ao receber as ‘chaves’ recebe também a missão do Mestre de “apascentar” o rebanho. Portanto, na celebração e na memória do apóstolo Pedro, a Igreja celebra a sua ‘pedra’ de unidade, bem como o pastor universal. E porque seu martírio se deu enquanto era o chefe da Igreja em Roma, o bispo desta cidade é considerado um dos seus sucessores e, por conta disto, é chamado de Papa. Por esse motivo, na festa do apóstolo é celebrado o ‘dia do Papa’. 

        Paulo, por sua vez, como ele mesmo diz, foi o último e o menor dos apóstolos (cf. 1Cor 15,9). Incansável no serviço de Cristo, fundou inúmeras Igrejas em suas viagens apostólicas, como narradas por São Lucas nos Atos dos Apóstolos, ou relatadas por ele mesmo em suas cartas. Nelas, aliás, já preso em Roma, anima, exorta, confirma e fortalece os irmãos das jovens comunidades da Igreja fundadas por ele. Morreu também em Roma, testemunhando sua fidelidade e seu ardor missionário, abrindo muitos caminhos para que Cristo fosse conhecido e amado.

       Pela sua fidelidade a Cristo, a Igreja no mundo inteiro celebra estes grandes mártires. Baluartes da fé católica, nos convidam a amar ainda mais a Igreja, sobretudo na figura do Papa, pois neste temos a certeza que não é “nem a carne, nem o sangue” que nos revelam a nossa fé em Cristo, mas o “Pai que está no céu” (cf. Mt 16,13-20)

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