sábado, 26 de novembro de 2022

Nossa Senhora das Graças, rogai por nós!

No próximo domingo, dia 27 de novembro, estaremos celebrando uma data muito especial. Não apenas para a Igreja, mas para uma das nossas comunidades da Santa Hedviges, a Capela Nossa Senhora das Graças, no Jardim Porto Alegre. Dia 27 é o dia em que a Igreja celebra Nossa Senhora das Graças.

Nossa Senhora das Graças é uma das invocações a Nossa Senhora, também conhecida como "Nossa Senhora da Medalha Milagrosa" e "Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças". Ela é conhecida por suas aparições a Santa Catarina Labouré, em 1830, em Paris, França. Maria certamente fez parte importante e integral da vida espiritual de Santa Catarina Labouré, e isso tem uma razão: que roguemos a Ela, à Mãe.

A primeira aparição aconteceu na noite da festa de São Vicente de Paulo, dia 19 de julho de 1830, quando a Madre Superiora de Catarina pregou às noviças sobre as virtudes de seu santo fundador, dando a cada uma um fragmento de sua sobrepeliz. Catarina então orou devotamente ao santo patrono para que ela pudesse ver com seus próprios olhos a Mãe de Deus, e convenceu-se de que seria atendida naquela mesma noite.

Indo ao leito, adormeceu, e antes que tivesse passado muito tempo foi despertada por uma luz brilhante e uma voz infantil que dizia: "Irmã Labouré, vem à capela; a Virgem Maria te aguarda". Mas ela replicou: "Seremos descobertas!". A voz angélica respondeu: "Não te preocupes, já é tarde, todos dormem... vem, estou à tua espera". Catarina então levantou-se depressa e dirigiu-se à capela, que estava aberta e toda iluminada. Ajoelhou-se junto ao altar e logo viu a Virgem sentada na cadeira da superiora, rodeada por um esplendor de luz. A voz continuou: "A Santíssima Virgem Maria deseja falar-te". Catarina adiantou-se e ajoelhou-se aos pés da Virgem, colocando suas mãos sobre seu regaço, e Maria lhe disse: "Deus deseja te encarregar de uma missão. Tu encontrarás oposição, mas não temas, terás a graça de poder fazer todo o necessário. Conta tudo a teu confessor. Os tempos estão difíceis para a França e para o mundo. Vai ao pé do altar, graças serão derramadas sobre todos, grandes e pequenos, e especialmente sobre os que as buscarem. Terás a proteção de Deus e de São Vicente, e meus olhos estarão sempre sobre ti. Haverá muitas perseguições, a cruz será tratada com desprezo, será derrubada e o sangue correrá". Depois de falar por mais algum tempo, a Virgem desapareceu. Guiada pelo anjinho, Catarina deixou a capela e voltou para sua cela.

Catarina continuou sua rotina junto das Irmãs da Caridade até o Advento. Em 27 de novembro de 1830, no final da tarde, Catarina dirigiu-se à capela com as outras irmãs para as orações vespertinas. Erguendo seus olhos para o altar, ela viu novamente a Virgem Maria sobre um grande globo, segurando um globo menor onde estava inscrita a palavra "França". Ela explicou que o globo simbolizava todo o mundo, mas especialmente a França, e os tempos seriam duros para os pobres e para os refugiados das muitas guerras da época.

Então a visão modificou-se e a Virgem Maria apareceu com os braços estendidos e dedos ornados por anéis que irradiavam luz coloridos e raios de luz brancos e rodeada por uma frase que dizia: "Oh Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós". Desta vez a Santíssima Virgem deu instruções diretas: "Faz cunhar uma medalha onde apareça minha imagem como a vês agora. Todos os que a usarem receberão grandes graças". Catarina perguntou por que alguns anéis não irradiavam luz, e soube que era pelas graças que não eram pedidas. Então Maria voltou-lhe as costas e mostrou como deveria ser o desenho a ser impresso no verso da medalha. Catarina também perguntou como deveria proceder para que a ordem fosse cumprida. A Virgem Maria disse que ela procurasse a ajuda de seu confessor, o padre Jean Marie Aladel.

De início o padre Jean não acreditou no que Catarina lhe contou, mas depois de dois anos de cuidadosa observação do proceder da Irmã Catarina ele finalmente dirigiu-se ao arcebispo, que ordenou a cunhagem de duas mil medalhas, ocorrida em 20 de junho de 1832. Desde então a devoção a esta medalha, sob a invocação de Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa, não cessou de crescer. Catarina nunca divulgou as aparições, salvo pouco antes da morte, autorizada pela própria Maria Imaculada.

O corpo de Santa Catarina Labouré permanece, desde sua morte, em 1876, incorrupto - isto é, não se decompôs, nem um pouco, e está muito bem preservado.

Nossa Senhora concede a nós as graças que quer nos dar, e basta pedirmos a ela. Ela carrega essas graças e quer espalhá-las a todos, fornecê-las a todos nós, com o amor de uma mãe. Através da Medalha Milagrosa, e das palavras "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós", Maria intercede por nós para que não só consigamos as Graças, mas para que peçamos por elas, que peçamos pelas Graças de que necessitamos e que as queiramos pedir, para que ela interceda por nós. Ela quer isso.

Nossa Senhora das Graças, rogai por nós!

Nossa Senhora das Graças, roguemos por ti!

Nossa Senhora das Graças, rogaremos por ti!

Fonte! Esta é uma publicação da PASCOM - Pastoral da Comunicação da Paróquia Santa Hedviges - Alvorada / RS, por Bruno Schroeder dos Santos.

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

2 de novembro! dia de finados!

 

Créditos! https://radiojornal.ne10.uol.com.br/noticia/2021/10/27/dia-de-finados-confira-frases-e-textos-para-homenagear-entes-queridos-e-mensagens-de-conforto-218391/index.html


A lembrança e homenagem aos mortos é uma característica do ser humano desde antes de nos constituirmos em sociedades ou civilizações - desde os tempos das cavernas. São, afinal de contas, nossos amigos, conhecidos - mas, principal e particularmente, nossos familiares. Sangue do nosso sangue. Nossos parentes, mesmo aqueles mais distantes.

 

A Igreja desde o século VII, pelo menos, lembra dos mortos, em espírito de oração, pela paz das almas daqueles que já partiram, especialmente pelas almas do Purgatório. Há registros, porém, nas catacumbas, de oração pelos mortos, pela paz de suas almas. Pode-se perceber, portanto, que a oração pelos falecidos é uma prática comum na Igreja, desde os seus primórdios.

 

Perder alguém nunca é fácil, sobretudo alguém próximo. Lembramo-nos da história e dos feitos daquela pessoa, das boas recordações e do tempo que passamos junto com ela. As memórias e uma série de imagens que temos daquela pessoa ficam registradas em nós, e em seguida as lágrimas vêm logo, independente do tempo que tenha passado. Queremos a pessoa ali, conosco, junto. E a saudade bate.

 

Nosso interior permanece abalado, e nosso coração dói.

 

Mas não precisamos entrar em desespero. Podemos confiar na misericórdia infinita de Deus, e é isso o que a Igreja nos ensina a fazer: rezamos pela pessoa falecida, pelo descanso eterno de sua alma. Deus, afinal, possui meios de salvação que nem mesmo nós conhecemos, e costuma agir de formas que nós duvidamos e sequer imaginamos. Podemos e devemos crer na misericórdia dEle, crentes de que a pessoa está junto de Deus.

 

Crermos no descanso eterno da Alma daquela pessoa quer dizer que nós esperamos que ela tenha conseguido se arrepender de seus pecados no momento de sua morte, para aí alcançar a Deus. Nesse momento, a alma da pessoa se encontra com Deus, e Ele a contempla. 

 

A Igreja se lembra dos fiéis defuntos no dia 2 de novembro há séculos, mas isso não quer dizer que devemos nos lembrar deles só uma vez ao ano. É costume rezarmos Missas pela pessoa no dia em que ela faleceu, no dia seguinte e no sétimo dia, primeiro ano, ou no dia do falecimento. Essa é uma prática que Deus louva e que, mesmo que não percebamos, é extremamente benéfica para a alma da pessoa falecida - afinal, ela muito provavelmente pode estar no Purgatório, e quer logo estar junto de Deus, assim como Deus quer que ela esteja ao lado dele, na Visão Beatífica.

 

Por isso, quanto mais rezamos pela pessoa, logo mais perto de Deus ela pode estar! Quanto mais mortificações oferecermos pela alma da pessoa, mais perto de Deus ela pode estar! Quanto mais rezamos pela alma daquela(s) pessoa(s), mais elas ficarão agradecidas pelas nossas orações. É isso o que podemos fazer por elas daqui.

 

Aqueles que partiram para a Casa do Pai não "desapareceram" da existência: seus corações podem ter parado de bater aqui, mas certamente continuam batendo por nós de junto de Deus, no Céu ou no Purgatório. Eles podem interceder por nós, e o fazem, mesmo que nós não saibamos.

 

É uma prática amorosa nossa rezar pelas almas do Purgatório, em especial pelas almas das pessoas que conhecemos, ou de nossos familiares. Podemos pedir para que a alma da pessoa esteja em paz, junto a Deus, e podemos  pedir que Deus a console, assim como a existência daquela(s) pessoa(s) nos marcou, enquanto estava(m) em vida.

 

É essa esperança cristã a oportunidade que Deus nos oferece de aliviarmos as penas daquela alma, no Purgatório, a fim de que a Visão Beatífica de Deus - que é, nada mais, nada menos, que o próprio Paraíso - contemple a alma daquela pessoa.

 

E nós também podemos interceder por eles. É por essa razão que a Igreja estabelece, às almas dos já falecidos, indulgências (perdão dos pecados) que podemos alcançar, através da nossa visita ao túmulo do((a)s) falecido((a)s), e de um Creio e de um Pai Nosso, rezados pelas intenções do Papa, além de uma confissão - se necessário - e comunhão, entre o período de 1 a 8 de novembro.

Os mortos podem não estar fisicamente presentes, mas estão junto de Deus, no Céu. E eles nos veem, rezam por nós e querem que estejamos junto com eles. Por isso, rezemos pelas almas dos nossos entes falecidos, queridos. Se Deus as contempla, por que nós também não podemos contemplá-las com um presente tão bom e amoroso, que são as orações por essa(s) pessoa(s)?

Fonte! Esta é uma publicação da PASCOM - Pastoral da Comunicação da Paróquia Santa Hedviges - Alvorada / RS, por Bruno Schroeder dos Santos.